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vitória 233

2006 | Porto

Intervir numa preexistência implica a compreensão do seu contexto e da sua capacidade de transformação. É o momento de construir uma camada temporal, que se junta a tantas outras já sobrepostas e até contraditórias. A articulação dos espaços interiores desta nova habitação surge em função do potencial que da construção existente se foi intuindo e amadurecendo.

 

Dos três pisos que a constituem, apenas dois se encontram acima da cota da rua. O nível inferior acompanha o acentuado desnível do morro onde se insere, abrindo-se para um terraço situado na parte posterior. Neste piso, existe apenas uma sala e um espaço técnico. Subindo ao piso da entrada, encontramos os quartos e os sanitários. O piso superior está reservado para as áreas de maior permanência, salas e cozinha. O pé-direito elevado e a estrutura de madeira aparente da cobertura caracterizam este espaço. O branco unifica paredes e tectos, o negro destaca-se em painéis de mobiliário e no chão corre o mel quente da riga.

 

Os espaços das casas velhas têm uma capacidade extraordinária de reinvenção. Este modo criativo de habitar contagiou a nossa forma de conceber esta ideia de vivência de um esquema aberto, fluido, de discretas transições espaciais. Um sistema intermitente de habitar e produzir trabalho. E daqui, abrir-se à cidade.

prémios:

publicações:

fotografia:

Gold Medal na BIENAL DE ARQUITECTURA MIAMI+BEACH 2009, EUA, na categoria "Interior Design/Residential" | Atribuída pelo Instituto Americano de Arquitectos (AIA), pela Sociedade Americana de Arquitectos paisagistas (ASLA) e pela Federação Pan-Americana de Associações de Arquitectos (PAFAA)

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Luís Ferreira Alves

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